ROGAI POR NÓS

É lá longe, não me importa.
Parece que se aproxima, não me intimida.
Está chegando, não o vejo.
Chegou, é no vilarejo.
Está na rua, cada um na sua.
Está no portão. Ninguém o vê,
Só quando matar eu ou você.
 
Pandemia, Ave Maria!
Rogai por nós,
Estamos tão sós.
 
Mesmo de máscara
A fome não passa.
Onde está o pão
Lá também o caixão.
A TV mais cedo, espalha o medo.
As redes, desinformação.
A ciência exige paciência,
O doente pede ar... ar...
Políticos resolvem brigar.
 
Pandemia, Ave Maria!
Rogai por nós,
Estamos tão sós.


                                             Sergio Castro
                                                         21.05.2020

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